Em 2023, o mercado de aluguéis no Brasil experimentou um crescimento significativo. Segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial, divulgado pelo DataZAP+, os valores dos aluguéis residenciais subiram 14,05% de janeiro a outubro. Esse aumento é notável, especialmente quando comparado às variações do IPCA/IBGE (+3,75%) e do IGP-M/FGV (-4,46%).
Essa tendência de alta foi particularmente marcante em Goiânia, que liderou o aumento com 29,04%. Além disso, todas as 25 cidades monitoradas pelo estudo, incluindo 11 capitais, registraram valorização no período. Destacam-se também Florianópolis, com crescimento de 27,98% no valor de locação, e Campinas, com 26,33%.
Claudia Emiko Yoshinaga, Coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da FGV, analisa esse fenômeno como um reflexo do aquecimento do mercado. Ela atribui o aumento à elevação na demanda, impulsionada pela recuperação econômica e pela redução nas taxas de desemprego. Além disso, menciona o esforço dos proprietários para reajustar os contratos após um período de valores defasados.
A especialista também relaciona a alta taxa Selic (atualmente em 11,75%) com o aumento nos preços dos aluguéis, observando que muitas pessoas preferem investir em fundos a comprar imóveis.
Apesar desse crescimento ao longo de 2023, o valor médio do metro quadrado para aluguel em Goiânia permanece relativamente acessível, custando R$ 33,91. Em contraste, Barueri (SP) lidera o ranking das cidades mais caras para alugar no Brasil, com o metro quadrado valendo aproximadamente R$ 56,47. São Paulo (SP) e Florianópolis (SC) também se destacam entre as cidades com os aluguéis mais elevados.
A valorização expressiva dos aluguéis em 2023, conforme evidenciado pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial, traz à tona uma consideração importante: a vantagem de investir na compra de um terreno próprio para construir de acordo com as preferências pessoais. Além de evitar os aumentos recorrentes nos custos de aluguel, a propriedade de um imóvel próprio oferece diversos benefícios, entre eles a valorização imobiliária e outros ganhos significativos.
A aquisição de um terreno e a construção de uma residência personalizada permitem não só a criação de um espaço que atenda exatamente às necessidades e gostos do proprietário, mas também possibilitam um controle maior sobre os custos de construção e manutenção. Além disso, imóveis próprios tendem a se valorizar ao longo do tempo, especialmente em áreas urbanas em crescimento ou regiões que passam por melhorias em infraestrutura e serviços.
Outro ponto positivo é a estabilidade financeira e emocional proporcionada pela propriedade de um imóvel. Ser proprietário elimina a incerteza dos reajustes anuais de aluguel e as restrições impostas por contratos de locação. Isso oferece um sentimento de segurança e a liberdade para fazer alterações no imóvel sem necessitar de aprovação externa.
Do ponto de vista financeiro, um imóvel próprio é um ativo que pode ser utilizado como garantia para empréstimos ou como fonte de renda, seja através da venda futura ou do aluguel de parte ou de toda a propriedade. Essa flexibilidade pode ser particularmente valiosa em momentos de necessidade financeira ou para realizar investimentos futuros.
Ademais, há o potencial de benefícios fiscais associados à propriedade de imóveis, como isenções ou reduções em alguns impostos, dependendo da legislação local e das características do imóvel.
Portanto, enquanto o aluguel apresenta uma opção prática para muitos, especialmente em curto prazo, a compra de um terreno e a construção de um imóvel próprio oferecem vantagens de longo prazo, incluindo estabilidade, personalização, valorização imobiliária e potenciais benefícios fiscais.
